As noites contigo passam depressa
Eu nunca percebo quando começa
A clarear o dia
É sempre o mesmo adeus
Difícil é pensar
Que eu não sou nada teu
Eu só conheço teu rosto de perto
E tenho certeza de que estou certo
É bom ouvir você dizer que é bom
Preciso dizer que eu sou todo teu
Me leva pra algum mirante
Algum lugar aonde eu possa ver
As luzes dos faróis
Refletidas nos teus olhos
Deixa eu te perguntar
Deixa eu te responder
Tudo que a gente
Tudo que a gente quiser saber
A gente quer se conhecer
E isso é bom, né?
A gente quer saber se vai ser bom
Isso já é bom, né?
A gente quer saber se ter
Paulinho Moska
sábado, 20 de junho de 2009
quarta-feira, 17 de junho de 2009
terça-feira, 16 de junho de 2009
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Querer
O que temo em ti não é um não à minha secreta pergunta, mas a imensidão que comporta um sim, sobretudo, pela oportunidade de entrar em contato com a tua imensidão, pois sobre esta me faço tantas perguntas, não na ânsia louca de respostas, faço-as apenas com o prazer de quem pergunta. Devaneios... Imanigo então que me permitirias esse contato consigo? Com a tua imensidão? E ainda que me permitas, isso é necessário? Não tenho dúvidas que isso me faria menos triste que hoje, quem sabe me tornaria até um pouco feliz?... No entanto, saibas que meu querer não implica retorno para manter-se querer. É o fato de querer que realmente me importa, gosto de querer e posso expressá-lo das mais diversas formas sem carregar aquela angústia de quem não é correspondido. Aprendi à amar de diversas formas, e em todas encontro algum tipo de prazer. Talvez seja ele intrínsceco a quem ama, e talvez eu ame.
domingo, 7 de junho de 2009
Mudança
Não apenas estou mudando de residência, de bairro (estou quase a perder as contas, de quantas vezes já me mudei), estou dando um passo um pouco maior que as minhas pernas, no entanto, não posso deixar de tentar. E sinto medo, sem dúvida, mas aprendi que o medo é inerente a condição humana, o tenho porque conheço os meus limites, e se é assim, isso significa que conheço um pouco de mim. Não é fácil deixar pra trás qualquer fase da vida, pelo menos pra mim nunca foi. Cada transição representou a perda de algo que eu tinha certeza que me pertencia, e daí eu tiro uma lição: qualquer certeza é momentânea.
Trocando em miúdos
Para um ex-amor:
Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim
Não me valeu
Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim!
O resto é seu
Trocando em miúdos, pode guardar
As sobras de tudo que chamam lar
As sombras de tudo que fomos nós
As marcas de amor nos nossos lençóis
As nossas melhores lembranças
Aquela esperança de tudo se ajeitar
Pode esquecer
Aquela aliança, você pode empenhar
Ou derreter
Mas devo dizer que não vou lhe dar
O enorme prazer de me ver chorar
Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago
Meu peito tão dilacerado
Aliás
Aceite uma ajuda do seu futuro amor
Pro aluguel
Devolva o Neruda que você me tomou
E nunca leu
Eu bato o portão sem fazer alarde
Eu levo a carteira de identidade
Uma saideira, muita saudade
E a leve impressão de que já vou tarde.
Chico Buarque e Francis Hime
sábado, 6 de junho de 2009
Praia
E porque no meio de tantos sorrisos só consigo perceber a ausência do teu? Certamente é porque o teu sorriso me transmite uma sensação de alegria que busco constantemente dentro de mim. E como eu queria sorrir assim, melhor dizendo queria sorrir junto a ti, contigo, de si. Outro dia eu estava debaixo de uma árvore, numa certa praia de Recife, lendo um livro e você me veio à cabeça. Naquele instante eu gostaria que você estivesse perto de mim. Mas não sei se você gosta de praia...
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Todos os fracos
Todos os fracos juntos são mais fracos
Fadados à confortável derrota coletiva
Todos os fracos são opacos
Conformados na inevitável tristeza cativa
Todos os fracos com a chance de perder por pouco
Acenando pro futuro que não veio
Todos os fracos num lance de sofrer feito louco
Andando no escuro com receio
Todos os fracos pedem proteção
O desejo secreto de estar completo quanto possível
Todos os fracos perdem a direção
E o desejo repleto de sonhos frustrados pelo incrível
Todos os fracos desistiram reprimidos pelo medo de não ser
Entregando os pontos quando os tontos são tantos
Todos os fracos tomaram comprimidos tentaram esquecer
Duvidando dos santos quando os prantos são tantos
Todos os fracos num espelho trincado
Pra sete anos de azar
Todos os fracos meu espelho evitado
Como se pudesse evitar
Jay Vaquer
Fadados à confortável derrota coletiva
Todos os fracos são opacos
Conformados na inevitável tristeza cativa
Todos os fracos com a chance de perder por pouco
Acenando pro futuro que não veio
Todos os fracos num lance de sofrer feito louco
Andando no escuro com receio
Todos os fracos pedem proteção
O desejo secreto de estar completo quanto possível
Todos os fracos perdem a direção
E o desejo repleto de sonhos frustrados pelo incrível
Todos os fracos desistiram reprimidos pelo medo de não ser
Entregando os pontos quando os tontos são tantos
Todos os fracos tomaram comprimidos tentaram esquecer
Duvidando dos santos quando os prantos são tantos
Todos os fracos num espelho trincado
Pra sete anos de azar
Todos os fracos meu espelho evitado
Como se pudesse evitar
Jay Vaquer
Impressões
Fecho as portas
Olhos e sentidos se perderam
Espelho que reflete pouco
Vem você e
Na boca o gosto do dizer
Da janela ficam espiando
E é só sufocar um pouco
Dão valor pro ar
Eu disse como vai você
Eu disse, lembro de você...
Talvez seja o início de uma fase
Que ainda não aconteceu
Um sopro no vazio da vida
Quem ainda não vive
Como queria, como teria?
O que dirá divagando “devagar e sempre”
Indo pra algum lugar...
Talvez seja o inicio de uma fila
Caso eu canse, guarde meu lugar
A sonora presença debochada de
Seu jeito me move
Como sentia, cometeria
O absurdo abstrato tá na sua mente
Justo onde deve estar
Jay Vaquer
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Admiração
Meus olhos, famintos, não se cansam
de te acariciar
Procuram sempre um novo ângulo
pra te admirar
E sonham mergulhar na sua boca de vulcão
Provar todo o calor que há na sua erupção
Escorregar nos rios claros
das margens dos teus pêlos
E encontrar o ouro escondido
que brilha em seus cabelos
Devorar a fruta que te emprestou o cheiro
E talvez desfrutar de um amor puro e verdadeiro
Esquecer o espaço, o tempo e o viver
Perder a noção do que é ter a noção do perder
Se um dia eu fui alegria ao te conhecer
Agora canto porque sinto a dor de não te ter
Paulinho Moska
de te acariciar
Procuram sempre um novo ângulo
pra te admirar
E sonham mergulhar na sua boca de vulcão
Provar todo o calor que há na sua erupção
Escorregar nos rios claros
das margens dos teus pêlos
E encontrar o ouro escondido
que brilha em seus cabelos
Devorar a fruta que te emprestou o cheiro
E talvez desfrutar de um amor puro e verdadeiro
Esquecer o espaço, o tempo e o viver
Perder a noção do que é ter a noção do perder
Se um dia eu fui alegria ao te conhecer
Agora canto porque sinto a dor de não te ter
Paulinho Moska
Besteira
Eu não tenho medo de me expor, de mostrar o que sinto. Mas compreendo que isso assusta um pouco algumas pessoas. No final a gente sempre tem um pouco de receio de ouvir a verdade. Entretanto não vejo virtude em dizer a verdade, pelo contrário, hoje a virtude é dissimular. Em contrapartida, sempre temi ser mal interpretada e parece que isso está acontecendo mais uma vez. O que eu faço não tem um fim específico, mas no decorrer da ação às vezes pode acontecer algo que foge ao controle, algo que não se pode evitar.
Mas tudo isso é besteira, logo passa.
Mas tudo isso é besteira, logo passa.
terça-feira, 2 de junho de 2009
Altos e baixos
Eu tô botando dúvida
Eu tô botando defeito
Eu tô prestando pra nada
Tô ficando obsoleto de mim
Ficando absolutamente não afim
Eu tô na crista da onda
Eu tô fazendo sucesso
Tô no topo do cristo
Sou o motor do progresso
todo tudo pra chegar no primeiro lugar
Que eu nem sei onde é, mas deve
Ser melhor do que aqui
Eu fico frio de medo
Eu fico cheio de dedo
Eu tô prestando pra nada
Tô querendo me livrar de mim
Eu fico transparentemente não afim
Eu sou o herói do momento
Eu sou a capa da veja
Eu sou o tampa de crush
Sou a loura da cerveja Schin
Eu sou a nova coqueluche do inverno
Pobre feliz de mim
Eu fui tirando do time
Tô em regime de fome
Eu tô prestando pra nada
Tô perdendo a validade de mim
Eu fico aparentemente não afim
Eu tô nadando em dólares
Eu fiz o gol da vitória
Eu sou o centro da história
Eu sou o aço da Votorantim
Eu sou Jesus tirando férias no inferno
Pobre feliz de mim
Lula Queiroga e Yuri Queiroga
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Da minha pouca imunidade
Ando sendo acometida por um monte de viroses, bactérias e microorganismos. Cada semana é uma coisa, isso deve ser reflexo da minha pouca imunidade, certamente meu organismo está fragilizado. Meu sistema imunológico foi pro brejo.
Não estou imune aos meus erros, que não são poucos, e aos erros dos que me rodeiam. Nem à falta de afeto de algumas pessoas. Não estou imune a falta de sinceridade que permeiam algumas de minhas relações sociais. Não estou imune a esse silêncio gritante que me encoleriza, não estou imune ao descaso. Nem muito menos a uma paixão inesperada.
Preciso de Vitamina C urgentemente, quero reforçar os meus anticorpos pra essa batalha diária.
“Imunidade: é uma característica especial de poder suportar por completo alguma coisa sem ser minimamente afetado por ela”.
Não estou imune aos meus erros, que não são poucos, e aos erros dos que me rodeiam. Nem à falta de afeto de algumas pessoas. Não estou imune a falta de sinceridade que permeiam algumas de minhas relações sociais. Não estou imune a esse silêncio gritante que me encoleriza, não estou imune ao descaso. Nem muito menos a uma paixão inesperada.
Preciso de Vitamina C urgentemente, quero reforçar os meus anticorpos pra essa batalha diária.
“Imunidade: é uma característica especial de poder suportar por completo alguma coisa sem ser minimamente afetado por ela”.
Eita ano do cão!
Como eu imagino que ninguém olha esse blog, pensei: - Porque não falar o que penso aqui?
Por esta razão, a partir de hoje as letras de música e poesias irão dividir espaço com os meus pensamentos. Não que estes estejam à altura daquelas, mas é isso mesmo que vai acontecer.
Por esta razão, a partir de hoje as letras de música e poesias irão dividir espaço com os meus pensamentos. Não que estes estejam à altura daquelas, mas é isso mesmo que vai acontecer.
E a primeira coisa que eu queria dizer é:
- Eita ano do cão!
- Eita ano do cão!
Como um ano pode reunir tanta coisa ruim? E não é só pra mim... Tanta gente também está sofrendo. Tantas perdas. Eu perdi uma amiga; esperança; meu maior sonho; perdi também o respeito e a consideração de quem eu menos esperava, e tem sido muito difícil lidar com tudo isso. Porque aparentemente eu deveria suportar. Como diz o senso comum:
- Tem tanta gente por aí pior que você...
De fato! Mas o peso que carrego é bem pesado pra mim. E por vezes me pergunto se entre as perdas que tenho sofrido, não estaria também a perda da fé. Seja essa fé a crença em um Deus que supostamente vai me fazer perseverar, ou mesmo a fé em mim mesma, na minha capacidade de viver e superar esse monte de merda que tem acontecido...
Mas como disse um professor na ocasião da morte da minha amiga:
- Merda acontece!
Não estaria eu então me fazendo de vítima?
Será?
- Merda acontece!
Não estaria eu então me fazendo de vítima?
Será?
Fácil julgar!
Quem está na rua e passa por uma fachada bem cuidada, pintada, com um vistoso jardim, supõe que dentro da casa os móveis estejam em ordem... Cada coisa em seu lugar.
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