quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Um ontem que não existe mais

Você não me quer
Só porque eu não sou comum
Só porque eu não sou banal
Você não me quer
Só porque eu não sou qualquer um
Não tenho desejo algum de parecer normal
E pela cidade o que mais se diz
É que minha tristeza te deixa feliz
Mas tudo que você deseja eu já fui
E agora sua alma sozinha possui
Um ontem que não existe mais
Como ajudar
Alguém que não pede socorro?...
Alguém que não consegue chorar?
Continuar,
Se já chegamos no alto do morro
Não encontramos vales nem rios para atravessar
Quem sabe um dia eu possa chegar
Novamente no porto onde você está
À espera do velho navio que não percebeu
Que acabou de afundar?
(num)Um ontem que não existe mais

Paulinho Moska

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